A TV Assembleia possui a função e a capacidade de explicar as atividades dos parlamentares e analisar temas com profundidade que não costumam ser tratados nos veículos de comunicação comerciais.
A Lei 8.977/1995, que dispõe sobre os serviços de TV a cabo, foi o marco inicial das emissoras de televisão legislativas. A norma, posteriormente alterada, determinou que os sistemas de difusão de TV a cabo teriam de fornecer aos usuários os chamados “canais básicos de distribuição gratuita”. Entre eles foram incluídos os canais legislativos federais, estaduais e municipais.
A partir da sanção da chamada Lei do Cabo, emissoras legislativas passaram então a ser criadas no Brasil. Entre 1995 e 1997, elas se restringiam apenas à TV Senado, TV Câmara e TV Assembleia de Minas Gerais. Nos anos seguintes, se multiplicaram.
O Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre - criado por decreto presidencial em 2006 - representou grande passo para os canais dos parlamentos, uma vez que permitiu a criação da Rede Legislativa de Rádio e TV Digital, em 2012. Essa rede agrupou e impulsionou os canais legislativos que estavam se multiplicando pelos estados e municípios.
Alguns canais legislativos formaram parceria com o Senado Federal e outros com a Câmara dos Deputados no intuito de aproveitar a multiprogramação e a possibilidade de transmitir em canal aberto e digital. A TV Assembleia do Espírito Santo assinou acordo de cooperação técnica com a Câmara dos Deputados.
A TV Assembleia foi criada por meio de resolução no final de 2001. Por quase um mês, houve várias exibições experimentais para teste de sinal e equipamentos. O canal entrou no ar em 2 de fevereiro de 2002, para a transmissão da primeira sessão ordinária daquele ano.
Até 2004, a abrangência da transmissão da TV Assembleia ainda era bem restrita. Não chegava nem mesmo a ser transmitida no município de Vila Velha. Para melhorar o alcance, em 2005 foi feito um acordo entre a Assembleia Legislativa do Estado, o governo do Espírito Santo e a TV Educativa (TVE).
A partir de então, as sessões ordinárias passaram a ser exibidas ao vivo, em canal aberto, em toda a área de alcance da TVE, como Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra.
Foi também em 2005 que a emissora do Legislativo capixaba passou a exibir os primeiros programas próprios e as primeiras parcerias para divulgação de conteúdo de interesse público produzido em outros canais.
Hoje, a TV Assembleia conta com programação diversa, com destaque para a transmissão de atividades legislativas, como sessões plenárias, atividades de comissões e audiências públicas, além de programas com diversas temáticas.
Conforme disposto no artigo 221 da Constituição Federal, a prioridade são conteúdos voltados para finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas. Também ganha destaque a promoção da cultural regional, explorando música, literatura e culinária capixabas.
Em 2011, a Assembleia Legislativa do Espírito Santo realizou concurso público para a contratação de servidores efetivos para ampliar e dinamizar a estrutura da Secretaria de Comunicação da Casa.
Com o objetivo de democratizar o acesso da população aos debates e votações das casas legislativas - Congresso, assembleias estaduais e câmaras municipais - foi criada a Rede Legislativa de TV Digital. A iniciativa da Câmara dos Deputados, em acordo com as assembleias, permitiu que as redes de emissoras legislativas migrassem para o sinal aberto e digital. Até então, estavam disponíveis apenas em canais a cabo e analógicos.
No Espírito Santo, o acordo de cooperação técnica foi firmado em 2011. Coube à Câmara Federal a disponibilização dos equipamentos necessários à emissão do sinal de televisão. Já à Ales coube a implantação do abrigo dos transmissores, aquisição dos equipamentos de conversão do sinal analógico para o digital, a modernização do parque tecnológico, ampliação do quadro de servidores e o custeio da manutenção de todo o sistema de televisão.
A transmissão em sinal aberto e digital foi inaugurada em 2013 e tornada possível graças à parceria da TV Educativa, que cedeu espaço em sua antena de difusão (torre).
Com a inauguração do canal aberto, a programação passou a ter 24 horas diárias, muito diferente do início das atividades em que somente as sessões ordinárias iam ao ar.
Discutido em 2006 e regulamentado em 2011, o Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (conhecido também como ISDB-Tb), é um padrão técnico para teledifusão digital que trouxe uma característica inovadora, a chamada multiprogramação, a qual possibilita o uso de um mesmo transmissor para quatro emissoras independentes.
Vale destacar que a multiprogramação foi bloqueada pelo Ministério das Comunicações para uso das emissoras de televisão comerciais. Apenas canais governamentais de TV digital podem utilizar essa característica.
O modelo de transmissão adotado no Espírito Santo segue o formato da multiprogramação, em que um só canal tem a possibilidade de quatro programações simultâneas: TV Assembleia, TV Câmara, TV Senado e TV Câmara Municipal.
Em 2020, a TV Assembleia passou a ser transmitida no canal 3.2 - uma faixa mais perto da área de zapeamento das emissoras comerciais.
A medida foi uma estratégia da Câmara Federal, detentora do sistema, para tornar os canais da Rede Legislativa de TV mais fáceis de serem acessados.
A sintonia do novo canal será feita automaticamente pelo aparelho de TV, sem que seja necessário qualquer procedimento.
Caso a TV não sintonize mais os canais do Legislativo, basta executar a função de busca ou sintonia de canais do aparelho para voltar a assistir.
Com programação 24 horas, a TV Assembleia é transmitida nos seguintes canais, na Grande Vitória:
Em 2018, foi inaugurada a expansão do setor de Comunicação da Assembleia Legislativa.
Ainda localizado no pilotis do prédio do Legislativo estadual, o setor foi dividido em duas partes. Por meio de uma resolução da Mesa Diretora, a nova área passou a ter o nome do jornalista Evandro Duarte, em homenagem ao repórter que trabalhou de 2011 a 2012 na TV Assembleia e faleceu prematuramente, aos 31 anos, em 2015.
Em 1º de fevereiro de 2021, as reuniões em plenário para debate e votação de projetos, transmitidas pela TV Assembleia e redes sociais, passaram a ter tradução simultânea em Língua Brasileira de Sinais (Libras), usada pelas pessoas surdas.
A tradução é feita por duas intérpretes que se revezam a cada 20 ou 30 minutos em uma sala próxima ao plenário.