Frente debate inclusão de jovens na política

Palestrantes e ocupantes de cargos políticos no estado participaram da primeira reunião de trabalho da Frente Parlamentar da Juventude nesta sexta-feira (24)

Por Gabriela Mignoni, com edição de Nicolle Expósito

Pessoas reunidas no Plenário Dirceu Cardoso
Deputado Lucas Polese preside Frente Parlamentar da Juventude da Ales / Foto: Lucas S. Costa

A Frente Parlamentar da Juventude realizou sessão especial nesta sexta-feira (24), na Assembleia Legislativa, para debater o tema "A inclusão do jovem na política”. Proposta pelo deputado Lucas Polese (PL), a sessão, que inaugurou os trabalhos da frente, contou com a participação dos professores de filosofia Victor Hugo Fieni e Gabriel Tebaldi. 

Na abertura do evento, o deputado Callegari (PL) parabenizou Polese pela proposição e chamou a atenção para a importância de restaurar os parâmetros e modelos apresentados atualmente para a juventude.

“Os jovens são fortes, vigorosos, mas ainda são imaturos (...). Esquecemos que esse jovem, antes de mais nada, precisa de parâmetros, de modelos a seguir (...) e quais são os modelos que estão sendo apresentados a essa juventude hoje? O jovem está num vácuo de identidade, e a culpa é nossa (...). A coisa mais essencial hoje, a meu ver, para os jovens, é restaurar os parâmetros, os modelos”, destacou Callegari.

Na avaliação do professor Victor Hugo Fieni, presidente do Centro Anchieta, é preciso atenção aos pontos fracos e fragilidades que a juventude possui. Para ele, o jovem é um ser humano em construção, ainda imaturo, e com grande necessidade de pertencimento. 

“No meio de tantas opções, estão a possibilidade de encaminhar a vida positivamente ou lançá-la a desastres irreparáveis (...). O que o jovem precisa fazer? A saída é simples... ele precisa amadurecer o mais rápido possível, sem perder a força e o vigor próprios do seu estado de juventude”, afirmou Fieni. 

Fotos da reunião

Já o professor Gabriel Tebaldi teceu críticas à teoria de que o homem é produto do meio. De acordo com Tebaldi, o principal problema dessa linha de pensamento é que ela isenta o indivíduo, incluindo o jovem, de sua responsabilidade. “A responsabilidade individual talvez seja o primeiro pilar da juventude”, ressaltou o professor.

Em sua fala, Tebaldi afirmou que a juventude precisa abandonar o determinismo social, que tem como consequências o vitimismo, a perda da responsabilidade individual e a criação de uma geração “podre de mimada”, que anseia por lideranças máximas e messiânicas para resolver seus problemas. “Quem sofre, precisa de um salvador. A juventude atual é, curiosamente, autoritária, e encontrará líderes igualmente autoritários vendendo facilidades”, avalia o professor. 

Tebaldi finalizou afirmando que nem tudo é política, e que a esfera individual, principalmente a do jovem, deve ser respeitada. “(...). Eu tenho muito medo de quem diz que tudo é política. Tudo é política, calma. Vários assuntos podem ser temas de política, não há a menor dúvida disso. Mas existem assuntos que estão na esfera privada, individual (...). Portanto, para esse lançamento da Frente Parlamentar da Juventude, esse é o recado que eu deixo. Uma valorização de um indivíduo que tenha a coragem de ser o que ele deseja e precisa ser, e não apenas o resultado de um coletivo qualquer”, concluiu.

Juventude na política

Convidados a compor a mesa, os vereadores Darcy Junior (Patri), da Serra, e Léo Camargo (PL), de Cachoeiro de Itapemirim, parabenizaram Polese pela criação da Frente Parlamentar da Juventude e destacaram a importância da participação dos jovens na política.

“Muitos até desacreditam que daremos certo, mas somos aquele tipo de pessoa que leva a política muito a sério. Lutem para participar da política, corram atrás de seu lugar na política. Porque se vocês não lutarem, outras pessoas lutarão e ocuparão o lugar de vocês”, alertou Darcy Junior.

Encerrando as falas, Polese afirmou que política é vocação e destacou a importância de ter valores e uma personalidade sólida enquanto jovem. “Hoje somos bombardeados por muitas influências externas (...) negativas. E se a gente não tiver uma base firme de valores em que atemporalmente a gente consiga encarar as situações, colocar ela diante dos nossos valores e princípios e saber lidar com tudo que a gente vai enfrentar, a gente sucumbe. (...)
O tempo todo, essa pressão externa tenta fazer a gente sucumbir a essa ditadura da maioria”, considerou Polese, que foi eleito aos 25 anos para o Legislativo capixaba.

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