PUBLICADA NO DPL DO DIA 16 DE NOVEMBRO DE 2017.

QUINQUAGÉSIMA QUINTA SESSÃO SOLENE DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA OITAVA LEGISLATURA, REALIZADA 08 DE NOVEMBRO 2017.

ÀS DEZENOVE HORAS E DEZOITO MINUTOS, O SENHOR DEPUTADO ERICK MUSSO, OCUPA A CADEIRA DA PRESIDÊNCIA.

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – Senhoras e Senhores, Senhores Deputados desta Augusta Casa de Leis, ilustres autoridades e telespectadores da TV Assembleia, boa noite!

É convidado a compor a Mesa de honra o Senhor Deputado Erick Musso, Proponente desta sessão solene e Presidente da Assembleia Legislativa, para os procedimentos regimentais de abertura desta sessão solene. (Pausa)

Informo que esta sessão é transmitida ao vivo pela TV Assembleia, nos canais abertos e digitais, e também no Youtube e no Facebook.

As fotos do evento estarão disponíveis amanhã, no site da Assembleia.

É com satisfação que a Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo recebe todos para a sessão solene em homenagem aos 49 Anos da Igreja Cristã Maranata.

A Igreja Cristã Maranata/Presbitério Espírito-Santense, foi fundada em 03 de janeiro de 1968, no bairro da Toca, em Vila Velha, com 73 membros. Trata-se de uma igreja pentecostal, na qual o Espírito Santo é aquele que conduz todas as coisas, onde não há projeção de pessoas; são voluntários e não remunerados. Jesus Cristo é o Cabeça, e a Igreja, seu Corpo.

Maranata é a palavra usada pelo apóstolo Paulo para falar sobre a grande mensagem da Igreja que é: O Rei Vem! Ou seja, Jesus Voltará!

Neste instante, o Proponente, Senhor Deputado Erick Musso, procederá à abertura desta sessão solene, conforme é regimental.

O SR. PRESIDENTE – (ERICK MUSSO – PMDB) – Boa noite a todos e a todas.

Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a sessão e procederei à leitura de um versículo da Bíblia.

Todos de pé, por favor! (Pausa)

(O Senhor Deputado Erick Musso lê Joel, 2:28-31)

O SR. PRESIDENTE – (ERICK MUSSO – PMDB) – Considero a Ata da sessão anterior como lida.

Esta sessão é solene em homenagem aos 49 anos da Igreja Cristã Maranata/Presbitério Espírito-Santense, conforme requerimento de minha autoria, aprovado em plenário.

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – São convidados a compor a Mesa de honra os pastores e membros do Conselho Presbiterial Renato Duguay Siqueira, Gilson Pereira de Souza, Alexandre Melo Brasil, Adaíso Fernandes de Almeida, o advogado Luiz Eugênio do Rosário Santos, Diniz Cypreste de Azevedo e Luiz Fernando Gaspar Pitta. (Pausa)

(Tomam assento à Mesa os referidos convidados)

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – Registro a presença de Klebinho Venâncio, representando o Senhor Deputado Hudson Leal; e também do secretário de Comunicação desta Casa de Leis, Jeferson Gonçalves Ferreira.

Convido todos para, de pé, ouvirmos a execução do Hino Nacional e a do Espírito Santo, com as letras podendo ser acompanhadas no painel. (Pausa)

(É executado o Hino Nacional e o do Espírito Santo)

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SERGIO SALVADEO) – É convidado a compor a Mesa de Honra o senhor Daniel Moreira, diretor executivo da Igreja Cristã Maranata.

(Toma assento à Mesa o referido convidado)

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SERGIO SALVADEO) – Neste momento, fará uso da palavra o Senhor Deputado Erick Musso, proponente desta sessão e Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo.

O SR. ERICK MUSSO – (PMDB) – Boa noite a todos e a todas, a todos os homens e mulheres valorosos! Vejo jovens e crianças. É uma alegria e uma satisfação imensa recebê-los na Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, na Casa de Leis, na Casa do povo capixaba, que tenho a honra e a grata satisfação de presidir e de também presidir esta sessão solene em um momento importante de uma instituição importantíssima, que comemora quarenta e nove anos.

Cumprimento o Renato Duguay Siqueira, que compõe a Mesa conosco; o Gilson Pereira de Souza; o Alexandre Melo Brasil; o Adaíso Fernandes de Almeida; o Luiz Eugênio do Rosário Santos; o Diniz Cypreste de Azevedo; e o Luiz Fernando Gaspar Pitta. Todos membros do conselho presbiteral. Muito obrigado por comporem a Mesa conosco.

Cumprimento todos os membros, pastores, presbíteros, enfim, todo o corpo da Igreja Maranata. E de forma muito carinhosa e especial cumprimentá-los na pessoa do Jorge, meu amigo pessoal e meu assessor, que trabalha comigo dia a dia e que tem me ajudado nessa árdua tarefa de termos um mandato dedicado em favor dos capixabas. Jorge, muito obrigado por compor a nossa equipe, por me ajudar todos os dias nessa caminhada árdua, difícil e trabalhosa, mas principalmente por ser esse amigo companheiro e ter ajudado na organização desta sessão solene.

Cumprimento também o Daniel Moreira, diretor-executivo, que também está conosco na Mesa. Minha fala é rápida, e quero dividi-la em dois momentos.

Primeiramente, falarei um pouco da minha história, que já é um testemunho tremendo de como um jovem, aos 29 anos de idade, consegue chegar a ser presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo. Outro, do momento que estamos vivendo no país, no mundo, e que não é diferente em terras capixabas.

Aos vinte anos de idade, disputei minha primeira eleição, que perdi. Já contei essa história algumas vezes, mas é importante contar, principalmente num momento como este, pois passamos por momentos de atribulação, por momentos de angústia e, muitas das vezes, momentos de tentar desistir. Mas há um Deus vivo, que cremos e servimos, que olha por nós, que nos pega pela mão e diz: Filho, estou contigo.

Perdi essa eleição aos 20 de idade. Não desanimei. Vim para esta Casa ser funcionário da Assembleia Legislativa, onde trabalhei por três ou quatro anos com o ex-deputado Marcelo Coelho, que foi prefeito da minha cidade, Aracruz, e que hoje em dia é meu amigo. Voltei à minha terra natal, Aracruz, e fui eleito vereador. Naquela oportunidade, fui presidente da Câmara e dois anos depois fui eleito deputado estadual.

Com dois anos de mandato, voltei a Aracruz para disputar uma eleição para prefeito. E é aí que abro os parênteses, para entendermos que, muitas das vezes, o nosso querer não é o querer de Deus. Disputei no intuito de ganhar as eleições, por entender que aquele era o momento em que eu poderia ajudar minha cidade. Perdi as eleições. Fiquei triste, magoado, chateado e, meio sem entender, pois os números apontavam, na minha largada, que eu tinha quase trinta pontos de frente, e perdi tomando três por um, na votação. Fiquei meio sem entender aquilo, mas temos que entender que, muitas vezes, o porquê é de Deus. Temos que perguntar o para quê das coisas.

Noventa dias depois – pela permissão e pela vontade de Deus, porque nada na vida acontece se não for da vontade e da permissão de Deus – estava sentado na cadeira de presidente da Assembleia Legislativa, eleito pelos meus colegas deputados, sendo o mais novo deputado deste plenário e o mais novo presidente de todas as vinte e sete Assembleias do Brasil.

Fui para um projeto que achava que era o certo, mas não era aquilo que Deus queria na minha vida. Por que digo isso a vocês nesta noite? Porque, muitas das vezes, queremos colocar o nosso querer diante das coisas, a nossa vontade diante das coisas, queremos que as coisas aconteçam no nosso tempo, enquanto temos é que fazer, sim, nossa parte, entregar nossos desejos e nossos sonhos nas mãos daquele que sabe de todas as coisas, que é o nosso senhor e salvador Jesus Cristo.

Estou muito alegre e muito feliz por estar nesta noite prestando uma homenagem justa a uma instituição importante que, há 49 anos, além de levar o evangelho e de pregar a verdade, a paz e o amor no coração das pessoas; faz trabalhos sociais, tirando jovens das drogas e do mau caminho; alicerçando o bem maior de uma sociedade, que é a família.

Temos que ter momentos como este para que possamos dar uma injeção de ânimo naqueles que já fizeram, já contribuíram e naqueles que contribuem com este trabalho e naqueles que continuarão a contribuir para que possamos estar com a Igreja Maranata cada vez mais fortalecida, assim como também as outras denominações evangélicas, diante de um mundo complexo, de um mundo atribulado e de um mundo onde temos perdido valores.

E aí entro na segunda parte da minha fala, para finalizar, porque ainda temos algumas coisas, nesta sessão, que serão abençoadas e belíssimas, se Deus quiser.

Estamos num mundo desorganizado e num mundo onde as pessoas e as famílias, principalmente os jovens e os adolescentes, têm perdido os valores, sobretudo os bons valores. Há dez, vinte, trinta anos, um professor era autoridade dentro de uma sala de aula, e não me canso de repetir isso aonde posso falar. Hoje, o professor, se não der um jeito de sair pela tangente, apanha na cara, dos alunos atuais. É muito difícil hoje ver uma criança entrar em uma casa e pedir benção ao avô, ao pai, à mãe, porque os valores estão sendo perdidos. A nossa nação está sem referência. As referências políticas, econômicas, empresariais, foram todas para a vala comum, para a lata de lixo. Só temos um para nos alicerçar: o Senhor. Só temos um caminho a seguir: a Palavra de Deus. Para ver se organizamos um pouco dessa sociedade desconexa que tem se distanciado, que tem se afastado pelo mundo tecnológico que temos vivido. Uma pessoa ia à casa da outra desejar um feliz aniversário; hoje, a internet tem que lembrar para se passar um whatsapp. É o mundo em que estamos vivendo. E aí, o papel fundamental da igreja. Ai de nós, sociedade civil organizada, Poderes constituídos, se não fossem as igrejas, se não fossem os trabalhos de tirar das ruas os dependentes químicos e trata-los, se não fosse o trabalho de evangelização, se não fosse o trabalho de contrabalancear essa balança. Se não tivéssemos as igrejas de um lado, podem ter a certeza de que viveríamos um colapso total.

Uma guerra civil camuflada é o que estamos vivendo em alguns lugares dentro do Brasil, sobretudo no mundo. Por isso, momentos como esse são momentos importantes para reflexão, para homenagens, para dizer: Olha, filho, você fez muito e está fazendo. E estamos aqui te dando uma homenagem, não para ser um diploma em uma parede, em um escritório; não para dizer que estamos reconhecendo seus relevantes serviços prestados; mas, estamos pedindo: Não pare! Não pare! A caminhada é difícil. Deus não disse que o nosso caminho seria largo, ele é estreito mesmo, mas temos que ter a convicção de que é a coisa correta, é o caminho certo a seguir.

Estou nesta atividade não por vaidade pessoal, pastores. Estou na política não por um projeto pessoal. Quando disse na faculdade que iria seguir a vida pública, todos, à unanimidade dos meus colegas, falaram que eu estava com um parafuso a menos - porque saí muito jovem. Mas, acredito na política. Olha que estou falando diante de um cenário brasileiro que todos estamos vendo que está conturbado. Eu, com meus poucos trinta anos de idade, acredito nessa ferramenta. E das ferramentas que temos, é das mais importantes, para melhorar e transformar a vida das pessoas. O que ela precisa é ser usada com as mãos corretas, por pessoas, sobretudo, tementes a Deus, porque nesta vida tudo é passageiro. Não serei Deputado eternamente, ninguém será prefeito eternamente, ninguém será governador eternamente. O único poder que é eterno é o poder de Deus. Precisamos nos alicerçar numa sociedade que tenha princípios e que tenha valores.

Por isso, muito obrigado pela presença de vocês. Estou muito feliz por ter proposto e por estar presidindo uma sessão solene homenageando e comemorando, com vocês, os quarenta e nove anos da igreja Maranata, um ano antes de meio século, porque ano que vem será um ano de muita festa, com certeza absoluta, pois será o dos cinquenta anos.

Deus os abençoe! Uma ótima noite a todos vocês.

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – Convido para compor a Mesa de Honra o pastor José de Anchieta Fraga de Carvalho, presidente do Instituto Bíblico.

(Toma assento à Mesa o referido convidado)

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – Convido o pastor Diniz Cypreste de Azevedo para fazer uma abertura, intercalado com o grupo de louvor da Igreja Cristã Maranata, apresentando três louvores. Depois o pastor usará a palavra, sendo apresentados mais dois louvores.

O SR. DINIZ CYPRESTE DE AZEVEDO – Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo Erick Musso, trazemos nossa gratidão pela homenagem que está sendo prestada não a nós pastores presentes, mas aos quarenta e nove anos da nossa igreja - igreja que surgiu em solo capixaba e está em todo o Brasil e em diversas ações mundo afora - e pela oportunidade de cultuarmos Aquele que nos trouxe até aqui.

A Ele toda a honra, toda a glória e todo o louvor. Esta oportunidade de proclamarmos o nome de Jesus e de o glorificarmos dentro desta Casa é motivo de grande alegria para nós.

Peço permissão para darmos início ao nosso culto a esse Deus maravilhoso que nos conduziu até aqui.

Convido todos que puderem para, de pé, orarmos ao nosso Deus.

Senhor Deus, é com ousadia que nos achegamos a Ti. Chegamos pelo sangue do teu filho Jesus; justificados por este sangue; libertos por este sangue. E pedimos a Ti, Senhor, que esteja presente, operando em nossos corações, abençoando a todos nós que aqui estamos e que precisamos tanto de Ti. Oramos em nome do Senhor Jesus.

(São entoados os louvores)

O SR. DINIZ CYPRESTE DE AZEVEDO – Glória a Jesus.

Convido a todos para se colocarem de pé, em reverência à palavra de Deus que leremos na Carta aos Romanos, capítulo 10, a partir do verso 8.

(O Senhor Diniz Cypreste de Azevedo lê Romanos, 10:8-9)

O SR. DINIZ CYPRESTE DE AZEVEDO – Podemos sentar.

Chegamos até aqui, nesses quarenta e nove anos, movidos pela fé. Essa fé que a palavra de Deus nos ensina em Efésios 2:8 que ela não vem de nós, mas é dom de Deus. Estamos comemorando quarenta e nove anos de que conhecemos a obra de Deus e também, no mês de outubro, quinhentos anos da Reforma Protestante. E tanto aqueles homens no passado, os reformadores, quanto nós, há quarenta e nove anos, pudemos conhecer um Deus que se revela através da sua Palavra.

Como nos diz a Palavra do Senhor, isso não vem de nós, isso é dom de Deus. O Senhor nos amou primeiro. Quando não buscávamos por ele, ele já nos conhecia. É aquilo que a Palavra de Deus pode fazer na vida do homem. O apóstolo Paulo, quando escreve a Carta aos Romanos, fala de uma fé que ele conheceu. Um homem que não cria que Jesus era o filho de Deus, que perseguia a Igreja, o amor de Deus o alcançou e transformou sua vida, no dia em que, no caminho de Damasco, ouviu uma voz que operou de uma maneira tão extraordinária que transformou aquele que era perseguidor em uma coluna da igreja. Ele fala, mais tarde, desse amor de Deus que transformou o perseguidor e fez dele um apóstolo do Senhor Jesus.

Paulo sabia muito bem o que é essa fé que não vem do homem, porque não veio dele. Ele não aprendeu com Gamaliel, não aprendeu com os rabinos, não aprendeu na cultura do seu povo ou com o conhecimento do Império Romano, mas aprendeu no dia em que o amor de Deus se revelou a ele.

Quando ele ouviu a voz de Deus no caminho de Damasco, essa Palavra de Deus, como espada penetrante de dois gumes, entrou em seu coração. E como diz a Palavra de Deus, é uma Palavra viva e eficaz. A eficácia dessa Palavra transformou a vida de Paulo de maneira que Paulo pôde compreender muito bem que a fé não vem do homem, não veio dele, mas a verdadeira fé, que não é uma crendice, um conhecimento de uma religião, mas a fé que é capaz de transformar a vida do pecador e modificar conceitos e valores, a fé que transforma o homem, esta é a verdadeira fé de que a Palavra de Deus fala.

O apóstolo Paulo escreve isso, na Carta aos Romanos, no verso 8: A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé.

Irmãos, a Palavra de Deus, a Bíblia, é um livro extraordinário. Nela você encontrará filosofia, poesia, história, encontrará muita coisa. Mas a fé é algo que vai muito além disso, porque a fé está não quando a Palavra de Deus está na sua boca.

Esses dias eu ouvia um professor estudioso das religiões, que cita a Bíblia com uma facilidade imensa, tem um grande conhecimento da Bíblia, mas ele confessava nessa entrevista que não crê em Deus, não crê em Jesus. Podemos dizer que a Palavra, a letra da Bíblia está em sua boca, mas a Palavra não está em seu coração.

No texto que lemos, Paulo faz uma referência a uma palavra que Moisés disse antes de

falecer em Deuteronômio, capítulo 30. Ele fala dessa verdade ao povo de Israel.

A Palavra de Deus não está longe de vós. Mas a Palavra de Deus tem que estar na vossa boca, mas, mais do que na vossa boca, tem que estar no vosso coração. A Palavra de Deus pode estar na boca do homem e está na boca de muita gente. Muita gente hoje cita a Palavra de Deus, muitos religiosos citam a Palavra de Deus. Não estamos aqui fazendo crítica a outras denominações, julgando outras pessoas. Estamos falando da nossa experiência desde o começo. O que maravilhou Lutero foi: o justo viverá da fé. E essa fé que estamos falando aqui, que não vem do homem, essa fé é um dom de Deus.

Você pode ter Bíblia, você pode conhecer Bíblia, mas o maravilhoso é o dia que através dessa Palavra, o Deus que te elegeu, o Deus que te conheceu antes de você existir. O dia que essa Palavra do Deus, criador de todo o universo, essa Palavra desse Deus, que é Palavra de poder, todas as coisas subsistem pelo poder da Palavra de Deus. O dia que essa palavra penetra no coração do homem - e como diz a Palavra do Senhor: Palavra viva e Palavra eficaz - ela é capaz de discernir os pensamentos e as intenções do coração. Como uma palavra, alguém pode imaginar a Bíblia, a letra, papel, livro entrando na mente de alguém e discernindo pensamentos e intensões do coração? Mas essa Palavra revela Jesus. E é quando através dela você ouve não a voz do homem, mas o dia que Deus fala de forma particular ao coração do homem através da sua Palavra, aí ela é Palavra viva, é Palavra criadora e vai fazer nascer no coração do homem uma fé que não é uma superstição. Uma fé que não é um pensamento positivo, mas uma fé que é dom de Deus. Uma fé que é um firme fundamento porque ela vai revelar Jesus ao coração do homem e ela é capaz de transformar a vida do homem.

Ao longo da história do cristianismo, tantos homens conheceram o cristianismo, tantos homens conheceram a Bíblia, a história da Bíblia, que é uma história linda, com tantos ensinos proveitosos para o homem. Alguém pode ser até ateu, extrair ensinos preciosos da Bíblia e reconhecer valores que ela traz. Mas isso é um evangelho de miseráveis, das mais miseráveis criaturas, porque é um evangelho para esta vida.

Mas, ao longo da história, muitos homens conheceram um evangelho que é poder de Deus. Um evangelho que muda a vida do homem. Um evangelho que faz o homem conhecer um Deus vivo, um Deus que se revela. Não é o que eu penso, não é o que eu acho, mas é o evangelho daquele que caiu por terra para dizer quem é Senhor. Quero ouvir a tua voz, quero que o Senhor vá diante de mim, quero que o Senhor dirija a minha vida.

E Paulo quando está escrevendo essa carta, está escrevendo uma carta aos romanos. Essa igreja que estava vivendo a mesma fé que ele estava vivendo, uma fé firme, uma fé inabalável, uma fé que independe das circunstâncias, porque quando essa fé entra em seu coração e você ouve a voz de Deus, você pode estar como Paulo em uma noite tenebrosa, no navio, no meio de uma grande tempestade, dias e dias de tempestade e a esperança fugindo do coração de todos, mas você pode se levantar no meio de todos e dizer, nesta mesma noite que o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem eu sirvo, esteve comigo e disse: não temas.

Essa fé enche o coração do homem de esperança, porque essa fé você descobre que Deus está vivo e que Ele não é um Deus de longe, mas um Deus de perto, é um Deus conosco. Ele é aquele que está conosco todos os dias até os confins dos séculos e Ele não está conosco porque um pastor me disse isso, mas porque um dia ouvimos a voz do Senhor, e Ele nos chamou. Não foi uma religião, não foi um homem, mas foi o encontro com Deus.

Paulo está se dirigindo aos romanos – e não podemos nos esquecer de que essa igreja, que estava em Roma, era para onde mais tarde Paulo iria como prisioneiro anunciar o Evangelho às autoridades romanas como preso por amor ao Evangelho – e dizia àquela igreja: Olha, essa palavra está junto de vocês! Ela está na vossa boca, mas também no vosso coração e ela revela ao homem esse Jesus que ressuscitou dentre os mortos. E aquela igreja, que estava em Roma, confessou com a boca: Jesus é o Senhor! E o fez diante das autoridades romanas, que não conseguiam compreender a fé daquele povo, que entrou no Coliseu em Roma e que iluminou as noites romanas como tochas. Homens, mulheres e crianças foram queimados vivos e destroçados pelas feras.

Hoje, às vezes, olhamos para os corações de cristãos tão distantes daquela fé que aqueles nossos irmãos conheceram, uma fé que eles não podiam negar ou deixar, porque aquela fé não foi uma religião que eles abraçaram como tantas outras que havia no Império Romano, mas foi a fé que revelou Jesus ao coração daqueles homens, revelou o coração de Paulo e revelou a igreja, que estava em Roma. E eles confessaram o nome de Jesus.

É muito fácil confessar o nome de Jesus com a boca, mas a palavra estava no coração deles, a palavra viva movia aqueles homens, aquelas mulheres e aquelas crianças que, muitas vezes, entraram no Coliseu romano cantando louvores a Deus quando aparentemente estavam para perder tudo. Paulo estava escrevendo a eles, e a fé – a mesma fé que estava no coração de Paulo –, estava no coração deles. Mais tarde, Paulo morre também como mártir em Roma e morre por essa fé. Essa fé que a palavra de Deus diz, que o Senhor Jesus diz: Quando o Filho do homem voltar, porventura ele achará fé na Terra?

A volta de Jesus se aproxima, e a verdadeira fé, não a fé religiosa, mas essa fé que está no coração, essa fé que Deus colocou no coração do homem, esse milagre que transforma, esse milagre que sustenta, esse milagre que move o homem e esse milagre que nos trouxe até aqui, isso não vem de nós, isso é dom de Deus. O apóstolo Paulo, quando chegou o fim de sua vida, já quase diante do seu carrasco, não se arrependeu dessa fé, mas termina seus dias dizendo: Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé.

Irmãos, quarenta e nove anos se passaram e a mensagem que estamos levando no Estado do Espírito Santo, no Brasil e no mundo, em toda parte, é que o homem precisa ter uma experiência com Deus. Religião não resolverá o problema do mundo, mas o conhecimento de Deus levará o homem à pátria celestial, onde há justiça, amor e esta fé que já não existe mais nos corações.

Queremos encerrar glorificando ao nosso Deus por esta fé que está viva. Não estamos pregando para o mundo a religião Maranata, mas estamos pregando esta fé que nos trouxe até aqui, esta fé que nos moveu, a fé que está presente na vida da igreja.

Nossos pastores não recebem salário. São movidos por quê? Deixam interesses. São movidos pela fé. Os nossos irmãos diáconos não recebem salário. São movidos pela fé. Os irmãos do grupo de louvor não recebem salário. Os irmão que limpam a igreja não recebem salário. O grande segredo é a fé que nos move.

Não pedimos dinheiro. Não recolhemos ofertas públicas. Não cobramos dízimos. Não pedimos dinheiros às entidades públicas. Por orgulho, vaidade? Não! Porque não tem nenhum sentido a oferta, não tem nenhum sentido o dízimo se não vier da fé. A necessidade do dízimo e da oferta não é uma necessidade de Deus e nem uma necessidade da igreja, mas é uma necessidade do ofertante, se a fé estiver movendo o seu coração.

O Senhor tem nos dado a bênção de um trabalho extraordinário com crianças, um trabalho maravilhoso com idosos e um trabalho que vai muito além: fazemos trabalhos sociais de assistência, de levar uma cesta básica, de levar um agasalho, de ajudar alguém necessitado, de procurar ajudar alguém que precisa de um emprego, de uma internação. Fazemos, sim. É necessário.

Mas o verdadeiro trabalho é ver um pai que gastava o seu dinheiro num bar, que espancava sua família, que gastava os seus recursos nas noites, agora, com o pouco salário que recebe, viver uma vida digna, porque conheceu um evangelho que libertou, um evangelho que transformou. Esse é o grande trabalho social que fazemos muito além desse outro trabalho social. É levar o Evangelho ao lar, a vidas que possam conhecer uma fé, mas uma fé que não dá uma religião, uma fé que não dá uma esmola, mas uma fé que transforma a vida do homem, cheio de gratidão a Deus. Foi Ele que nos trouxe até aqui. Foi essa fé que Ele nos deu que está na nossa boca. Muito mais do que na nossa boca, ela está no nosso coração. Amém.

Convido todos para que se colocarem de pé para ouvirmos mais um louvor ao Senhor e encerrarmos o nosso culto. Ao Senhor!

(É entoado o louvor)

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – Saudações ao grupo de louvor da Igreja Cristã Maranata. (Palmas)

Os integrantes que quiserem descer, podem ocupar as cadeiras após desmontarem os instrumentos, para darmos sequência à solenidade.

Neste momento, o proponente desta sessão, Senhor Deputado Erick Musso, procederá à entrega da Comenda João Ferreira de Almeida aos homenageados.

A Comenda João Ferreira de Almeida é uma distinção criada nesta Casa de Leis para homenagear pessoas que prestaram e que ainda prestam relevantes serviços em favor da família como instituição divina, como pilar da sociedade.

Nascido em Portugal, João Ferreira de Almeida foi um ministro pregador da igreja reformada nas Índias Orientais Holandesas, reconhecido especialmente por ter sido o primeiro a traduzir a Bíblia Sagrada para a Língua Portuguesa. A sua tradução do Novo Testamento foi publicada pela primeira vez em 1681, em Amsterdam, na Holanda.

Convido o Senhor Alexandre Melo Brasil para receber a Comenda João Ferreira de Almeida das mãos do Senhor Deputado Erick Musso e do senhor Jorge dos Anjos, um dos pilares para a realização desta sessão solene. (Pausa)

O senhor Alexandre Melo Brasil é Advogado e pastor da Igreja Cristã Maranata há mais de 10 anos.

(Procede-se à entrega da Comenda)

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – Convido o Senhor Carmo Antônio de Paula para receber a Comenda João Ferreira de Almeida das mãos do Senhor Deputado Erick Musso e do senhor Jorge dos Anjos. (Pausa)

O senhor Carmo Antônio de Paula é Administrador de Empresa. Tem dez anos de ministério na Igreja Cristã Maranata, onde é pastor.

(Procede-se à entrega da Comenda)

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – Convido o Senhor Daniel Moreira para receber a Comenda João Ferreira de Almeida das mãos do Senhor Deputado Erick Musso e do senhor Jorge dos Anjos. (Pausa)

O senhor Daniel Moreira é Diretor Executivo da Igreja Cristã Maranata. Tem mais de vinte anos de ministério.

(Procede-se à entrega da Comenda)

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – Convido o senhor Josias Rocha da Silva Júnior para receber a Comenda João Ferreira de Almeida das mãos do Senhor Deputado Erick Musso e do senhor Jorge dos Anjos. (Pausa)

O senhor Josias Rocha da Silva Junior é publicitário, tem treze anos de ministério na Igreja Cristã Maranata, onde é pastor, e é diretor responsável pela Rádio e TV Web Manaaim.

(Procede-se à entrega da Comenda)

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – Convido o senhor Luiz Eugênio Santos para receber a Comenda João Ferreira de Almeida das mãos do Senhor Deputado Erick Musso e do senhor Jorge dos Anjos. (Pausa)

O senhor Luiz Eugênio Santos é advogado, pastor da Igreja Maranata há vinte anos, atua na diretoria e no Conselho Presbiterial.

(Procede-se à entrega da Comenda)

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – Lembramos que todas as fotos deste evento, do experiente fotógrafo Tonico, estarão em nosso site.

Convido o senhor Paulo Roberto de Aguiar para receber a Comenda João Ferreira de Almeida das mãos do Senhor Deputado Erick Musso e do senhor Jorge dos Anjos. (Pausa)

O senhor Paulo Roberto de Aguiar é administrador de empresa, tem vinte e sete anos de ministério na Igreja Cristã Maranata, onde é pastor.

(Procede-se à entrega da Comenda)

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – Convido o senhor Ernandes Gerôncio Pimentel para receber a Comenda João Ferreira de Almeida das mãos do Senhor Deputado Erick Musso e do senhor Jorge dos Anjos. (Pausa)

O senhor Ernandes Gerôncio Pimentel é diretor administrativo, tem mais de vinte anos no Ministério na Igreja Cristã Maranata, onde é pastor.

(Procede-se à entrega da Comenda)

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – Registramos a presença do senhor Joel Rangel, diretor-geral desta Casa de Leis.

Convido o senhor Gilson Pereira de Souza para receber a Comenda João Ferreira de Almeida das mãos do Senhor Deputado Erick Musso e do senhor Jorge dos Anjos. (Pausa)

O senhor Gilson Pereira de Souza é integrante do Conselho Presbiterial da Igreja Cristã Maranata, tem mais de trinta anos de ministério.

(Procede-se à entrega da Comenda)

O SR. CERIMONIALISTA – (DANILO SÉRGIO SALVADEO) – Neste momento, o proponente desta sessão, Senhor Deputado Erick Musso, acompanhado do senhor Jorge dos Anjos, procederá à entrega dos certificados aos homenageados, que serão chamados dois a dois.

Todos receberão os certificados, em homenagem, pelos brilhantes serviços prestados à Igreja Maranata em seus quarenta e nove anos de existência.

Convido os senhores Ademir Romualdo Leite e Alisson Xavier Mendes Filho para receberem o certificado das mãos do Senhor Deputado Erick Musso e do senhor Jorge dos Anjos. (Pausa)