Tramita na Assembleia Legislativa iniciativa para reconhecer e fortalecer a atividade cultural dos grupos de trombonistas do Estado. O Projeto de Lei 621/2021, de autoria do deputado Adilson Espindula (PTB), declara esses grupos como patrimônio cultural imaterial do Estado. A matéria será analisada pelas comissões de Justiça, Cultura e Finanças.
O título de “patrimônio cultural” refere-se a objetos e bens de valor, naturais, materiais ou imateriais, com significado importante para certa cultura ou grupo de pessoas. O título é dado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Nacional (Iphan), com setorial em cada estado da federação.
Na justificativa do projeto, Espindula explica que o Espírito Santo é um celeiro de trombonistas. “Somente o município de Santa Maria de Jetibá, na região serrana, concentra mais de mil trombonistas e dezenas de coros de metais”, afirma o parlamentar.
Segundo ele, o município, que foi colonizado por pomeranos, tem uma das maiores comunidades luteranas do Estado. “A religião e a música são marcas registradas da tradição pomerana. Os grupos de metais estão presentes nas principais comemorações locais. Há famílias inteiras de trombonistas”, destaca o autor.
O parlamentar também explica que o termo “trombonista”, na cultura pomerana, é utilizado para aqueles que tocam instrumento de sopro, não sendo, portanto, restrito ao trombone.