A Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente, presidida pelo deputado Delegado Danilo Bahiense (PL), está acompanhando os desdobramentos dos crimes cometidos em duas escolas de Aracruz, na última semana. Em pronunciamento na sessão ordinária desta quarta-feira (30), o parlamentar falou sobre a ação do colegiado:
“Verificamos um clima desolador, de consternação, de luto e de tristeza. A nossa equipe visitou as duas escolas que foram alvo do adolescente. Na particular, a unidade estava com seis psicólogos, que são da escola, de empresas privadas e voluntários, fazendo um trabalho junto com a direção e professores, realizando o acolhimento dos pais e alunos”, relatou o deputado.
“Na estadual isso não ocorreu, segundo o que nos foi relatado. Esperamos que isso seja por causa da suspensão das aulas até o próximo dia 2 (de dezembro). Mas era para haver um trabalho dessa forma com a comunidade. Foi nos relatado que o Estado não tinha até o momento, feito qualquer contato com a escola particular, nem mesmo com a família da vítima de 12 anos”, lamentou.
Fotos da sessão ordinária
Bahiense falou sobre os desdobramentos do caso e adiantou que a comissão apresentará 12 indicações ao Executivo estadual, visando à prevenção de crimes dessa natureza em escolas públicas e particulares do Espírito Santo. As indicações terão os seguintes propósitos:
- Ampliação da patrulha escolar;
- Ampliação dos programas Proerd e Papos de Responsa, das polícias Militar e Civil;
- Instalação do botão de pânico nas escolas públicas e privadas;
- Vigilância armada nas escolas;
- Ampliação de programas de saúde mental para alunos, servidores e professores;
- Reforço na segurança das escolas, com cercas, câmeras de vigilância e cadeados reforçados;
- Qualificação de professores e servidores da educação, de forma continuada, para lidar com situações semelhantes;
- Serviço de capelania escolar, visando o conforto espiritual de alunos, professores e servidores das escolas;
- Criação de um protocolo definido de ações envolvendo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), as polícias Militar e Civil e guardas municipais;
- Criação de um grupo de apoio jurídico;
- Criação de um gabinete de crise permanente de combate a crimes e atendados contra escolas;
- Criação de uma unidade especializada antiterrorismo na Polícia Civil.
Relembre o caso
Na manhã da última sexta-feira (25), um adolescente de 16 anos invadiu duas escolas, uma pública e uma particular, no município de Aracruz. O invasor estava armado e abriu fogo contra alunos e servidores das instituições. Até o momento, quatro pessoas morreram, entre elas uma estudante de 12 anos. Outras 12 pessoas ficaram feridas e 3 delas se encontram internadas em estado grave.
“O que aconteceu em Aracruz não pode jamais se permitir em nenhum lugar do Estado do Espírito Santo”, finalizou o parlamentar.