Saúde faz balanço em última reunião do ano

O deputado Doutor Hércules, presidente do colegiado, apontou áreas da saúde do Estado em que é preciso melhorar a gestão

Por João Caetano Vargas, com edição de Angèle Murad

Doutor Hércules sentado atrás de mesa onde há duas cadeiras vazias
Como ponto positivo, Doutor Hércules citou a compra de leitos / Foto: Ana Salles

Na última reunião do colegiado no ano, o presidente da Comissão de Saúde, deputado Doutor Hércules (Patri) apresentou um balanço dos trabalhos realizados na atual legislatura e falou sobre a situação da saúde no Espírito Santo. O parlamentar apontou alguns avanços, sobretudo no legado deixado pelos investimentos feitos pelo governo na gestão da pandemia. 

“A pandemia trouxe a aquisição de vários leitos. Então, os leitos de UTI dobraram, isso foi um ganho. Porque, se nós tivéssemos hospitais de campanha, o hospital seria demolido agora e acabou. Então, esses leitos vão ficar para outros tipos de tratamento, pode ser de acidente ou outros tipos de patologia. Então, nesse aspecto a saúde melhorou”, ponderou.

Fotos da reunião

Em relação ao que ainda precisa melhorar, o deputado relacionou algumas questões e teceu comentários sobre elas. 

Transplantes

“Nós temos hoje mais 1,3 mil pessoas na fila de um transplante de rim. E continuam jogando os rins debaixo do chão, debaixo da terra, porque não existe uma política de educação e de esclarecimento para as pessoas poderem doar os rins e todos os tipos de órgãos”, lamentou.

“Córnea tem mais de 600 pessoas na fila hoje, esperando por um transplante de córnea. Isso porque realmente falta uma política incisiva de esclarecimento, de educação da população. Porque muita gente nega e a maior dificuldade é a negativa da família, porque não trabalharam a família antes, não houve uma conscientização para que isso melhorasse”, complementou.

Tratamento fora do domicílio (TFD)

“Isso piorou muito, desde o governo passado. O TFD tem uma diária hoje de R$ 74 ou R$ 75, por aí. Isso pra pessoa ir a Campinas, por exemplo, para fazer a aferição do aparelho de implante coclear, ela vai lá fazer o controle do aparelho. Então, com essa diária de 70 e poucos reais, ele tem que ter (dinheiro) pra comer, pra dormir, pra pegar condução”, afirmou.

“Mas aí tem uma punição maior. Se a pessoa pegar o avião aqui de manhã, chegar em Campinas, aterrissar em Campinas, fizer a aferição do aparelho e voltar no mesmo dia, chegar aqui de noite, ele recebe só a metade da diária, R$38, por aí. Isso realmente é um crime. Tem mais de dez anos, pelo menos, que venho lutando por isso e minha voz não é ouvida”, concluiu o patriota.

Verba para assistência social

“A verba para a Secretaria de Assistência Social (Setades) ainda não chega a um dígito, até hoje. Na verdade não dá pra entender por que os governos que falam que são socialistas, que olham pelo povo, e que ainda não têm sensibilidade de dar 1% só (do Orçamento) para as pessoas menos favorecidas”, disse.

Implante coclear

“Foi uma luta muito grande para que fizessem algumas cirurgias, estão fazendo algumas hoje aqui no Hospital das Clínicas, mas é uma fila muito grande. E de qualquer jeito a pessoa tem que fazer o acompanhamento em Campinas, continua o mesmo sacrifício. Não tem sentido ser feito em Campinas, porque pode ser feito aqui e tem que fazer todo controle aqui, não tem sentido”, opinou.

Neurologia

“São 9.753 pessoas na fila, à espera de uma consulta com neurologista. A demora para conseguir o atendimento com um especialista na rede pública do Estado pode chegar a três anos. Isso é porque algumas pessoas acham que o governo fez tudo. Nenhum governo fez tudo. O governo está sempre precisando fazer alguma coisa pra ajudar o cidadão, o que não é nenhum favor, a gente paga isso”, finalizou Doutor Hércules.

Em 2022 a Comissão de Saúde se reuniu 54 vezes, entre reuniões ordinárias, extraordinárias, audiências públicas e prestações de contas.  

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