Deputados cobram punição para crime em JC

Caso ocorreu na madrugada de segunda (17), em Jardim Camburi, quando músico de 37 anos foi atingido por tiro após discussão em condomínio residencial

Por Wanderley Araújo, com edição de Nicolle Expósito

Homem de pele clara, cabelos e olhos castanhos, veste terno escuro e fala em microfone
Denninho quer esclarecimentos para o fato de o assassino confesso não ter sido preso em flagrante / Foto: Lucas S. Costa

Vários deputados manifestaram em plenário indignação com o assassinato do bacharel em Direito e músico Guilherme Rocha, de 37 anos, morto na madrugada de segunda (17) após receber um tiro no ombro que atravessou o peito. Houve minuto de silêncio durante a sessão ordinária desta terça-feira (18) em memória da vítima. 

O autor confesso do crime ocorrido num condomínio residencial do bairro Jardim Camburi, em Vitória, é o soldado da Polícia Militar (PMES) Lucas Torrezani, de 28 anos. 

A mídia repercutiu o boletim da PM sobre o caso, segundo o qual, por volta de 3 horas, a polícia foi acionada pela síndica do condomínio. Quando chegaram ao local, o militar estava com a arma nas mãos e Guilherme caído no chão.

Fotos da sessão ordinária

No relato aos policiais, Torrezani disse que estava bebendo com amigos perto da entrada do bloco onde mora, quando a vítima o teria atacado tentando desarmá-lo. O militar afirmou que isso o teria levado a desferir o tiro fatal, que entrou pelo ombro esquerdo de Guilherme, atravessando o peito e ainda atingindo um veículo que estava próximo.  

Testemunhas, no entanto, negaram a versão apresentada pelo autor do crime. Vizinhos que presenciaram o assassinato disseram que em nenhum momento houve tentativa de agressão física da vítima contra o soldado da PM. Eles contaram ainda que o PM voltou a beber após efetuar o disparo. 

Ausência de flagrante 

O deputado Denninho Silva (União) defendeu que o Parlamento estadual ouça as autoridades da segurança pública e os policiais que tomaram o depoimento de Torrezani para que esclareçam porque o soldado PM não foi preso em flagrante. “Ele agora se encontra preso, mas havia sido liberado. Precisamos verificar por que isso aconteceu”, cobrou. 

A presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada Camila Valadão (Psol), solicitou que os veículos de comunicação da Ales divulguem nota oficial do colegiado sobre o episódio. No documento, é dito que a comissão, “por decisão da maioria de seus membros, vem a público manifestar solidariedade ao povo capixaba, em especial aos familiares e amigos de Guilherme”. 

“Preocupa-nos que a letalidade e as execuções extrajudiciais estejam se transformando em algo corriqueiro em nosso estado, particularmente aquelas cujos responsáveis são servidores públicos integrantes de forças de segurança”, diz outro trecho do documento que cobra dos poderes constituídos investigação e punição de policiais responsáveis por assassinatos. 

O presidente da Casa, deputado Marcelo Santos (Podemos), também cobrou punição da Justiça contra Torrezani, e fez uma reflexão sobre a necessidade de assistência psicológica nas corporações policiais para diagnosticar integrantes da segurança pública que estejam passando por transtornos psicológicos. 

Ele afirmou que, da mesma forma, há necessidade de equipe multidisciplinar nas escolas para a prevenção à violência no ambiente estudantil. 
Marcelo acrescentou que detector de metais e segurança armada não são capazes de diagnosticar estudantes que potencialmente podem praticar violência dentro das escolas, pois quem tem competência para isso são psicólogos e outros especialistas. 

Jovens negros são as maiores vítimas de violência
Alerta é de entidades que atuam na área de políticas para a juventude que participaram de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Ales
Alunos têm palestra sobre CPIs e regimento interno
Estudantes de curso de Direito receberam o presidente Marcelo Santos, o diretor-geral Miguel Amm Filho e o secretário-geral Carlos Eduardo Casa Grande
Ameaça a manguezal em Aracruz preocupa comitê
Representantes de comitês de bacias falaram sobre falta de apoio para frear ações predatórias aos recursos hídricos do estado
Qualidade na educação ainda é desafio no Brasil
Avaliação é do professor Sergio Majeski, que falou sobre os entraves para garantir educação de qualidade, um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
Jovens negros são as maiores vítimas de violência
Alerta é de entidades que atuam na área de políticas para a juventude que participaram de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Ales
Alunos têm palestra sobre CPIs e regimento interno
Estudantes de curso de Direito receberam o presidente Marcelo Santos, o diretor-geral Miguel Amm Filho e o secretário-geral Carlos Eduardo Casa Grande
Ameaça a manguezal em Aracruz preocupa comitê
Representantes de comitês de bacias falaram sobre falta de apoio para frear ações predatórias aos recursos hídricos do estado
Política de Privacidade.

O Portal da Ales utiliza cookies para auxiliar na sua navegação. Ao utilizar este site, você concorda com a nossa política de monitoramento de cookies. Para mais informações, acesse a nossa Politica de Privacidade.

ACEITO E FECHAR