Ocupação de terra em Aracruz repercute na Ales

Deputados se manifestaram na sessão desta terça (18) sobre ocupação de áreas no município que fica no Norte do estado

Por Wanderley Araújo, com edição de Nicolle Expósito

Homem de pele clara, cabelos e olhos castanhos, veste terno escuro e fala em microfone
Deputado Alcântaro Filho, que é de Aracruz, foi um dos que se manifestaram sobre o assunto / Foto: Lucas S. Costa

Boa parte dos discursos na sessão plenária desta terça-feira (18) foi dominada por críticas contrárias e favoráveis ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) devido à ocupação de duas áreas que pertenceriam à empresa Suzano, no município de Aracruz (norte capixaba).  

O deputado Alcântaro Filho (Republicanos) disse que pessoas humildes e de boa fé, que realmente cultivam a terra, estão sendo usadas pelo MST, que estaria fazendo as ocupações de forma programada, dentro de um plano ideológico. 

Segundo Alcântaro, mesmo se tratando de uma monocultura, as terras ocupadas pelo MST são produtivas, pois há plantações de eucalipto, cultura que, destacou, sustenta parte considerável das famílias da região de Aracruz. 

Fotos da sessão ordinária 

Lucas Scaramussa (Podemos) classificou de crime a ocupação das áreas, e relatou que no feriado da Semana Santa os membros do MST haviam tentado, sem sucesso, invadir outra propriedade rural, pertencente a uma idosa, de mais de 70 anos, também em Aracruz. 

Conforme disse, a fazenda não foi ocupada porque ele próprio e os deputados Alcântaro e Lucas Polese (PL), além de produtores vizinhos, estiveram no local e protegeram a área até que a polícia entrasse em ação. “O Estado do Espírito Santo tem uma Justiça séria que já mandou desocupar hoje as terras de Aracruz”, acrescentou. 

Lucas Polese classificou de “terroristas” os ocupantes das propriedades reivindicadas pela Suzano. Ele disse que foi ao local tentar dialogar, mas o veículo em que estava foi cercado pelos membros do MST, que portavam facões.  

Propriedade da área

A deputada Iriny Lopes (PT) defendeu as ocupações promovidas pelos integrantes do MST e disse que as terras em questão são devolutas, ou seja, não pertencem à Suzano, pois teriam sido incorporadas ao Estado após vários processos em cartório, num litígio que já dura muitos anos. 

Ela afirmou também que o MST é um movimento respeitado mundialmente e que não invade qualquer terra, apenas as improdutivas. Pontuou que a mesa dos brasileiros é abastecida em boa parte pela produção do MST e de pequenos agricultores familiares, já que o agronegócio visa apenas produzir grãos para exportação. 

A presidente da Comissão dos Direitos Humanos, Camila Valadão (Psol), manifestou solidariedade aos integrantes do MST nas ocupações em Aracruz, e anunciou que fará uma visita aos locais ocupados para ouvi-los. 

Camila defendeu o MST ao afirmar que o movimento ocupa apenas terras improdutivas, já que essas propriedades descumprem o dispositivo constitucional que trata da função social dos imóveis rurais.  

“O MST se tornou um importante produtor de alimentos saudáveis, sem agrotóxicos; é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina, e construiu uma rede de armazéns de distribuição em todo o país. Já plantou também mais de quatro milhões de mudas de plantas”, destacou. 

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